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A Saga de Makalé nas matas da Kissanga Kungo

mar 28

11 min de leitura

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Prefácio

Há histórias que não se escrevem apenas com tinta — mas com memória, silêncio e saudade.


Makalé nas matas da Kissanga Kungo ao longo do rio Keve não é apenas uma fábula.

É o pulsar de uma terra que vive em mim desde menino.

Sou filho de portugueses e neto de Angola,

e carrego nas veias o murmúrio do Keve e o sotaque dos meus avós.


Este livro não busca apontar culpados nem erguer bandeiras — busca compreender, reconciliar, preservar.

Escrevi-o com o mesmo respeito com que ouvia os contos do meu avô,

e com o mesmo amor com que via os mais velhos das aldeias olharem para o céu antes da chuva.


As matas da Kissanga Kungo existem.

O tambor também.

E Makalé…


Makalé é o nome que me deram na infância: aquele que resiste, mas escuta.

E como ele, também eu regressei um dia à terra onde tudo começou —

não com armas, mas com palavras.

Não para dividir, mas para lembrar.


Salpicado de metáforas,

cheio de respeito,

este é um livro para ser lido com o ouvido no coração

e o coração junto ao chão.


Se o Keve ainda corre,

é porque há histórias que não morrem.

E se Makalé caminha,

é porque há caminhos que ainda precisamos fazer juntos.


João Chaves

Santa Clara – Kissanga Kungo

Idaho2025


Capítulo I — O Chamado do Tambor

As folhas do mulemba dançavam com o vento da alvorada, enquanto os galhos altos lançavam sombras curvas sobre o chão de terra batida.

Ali, no coração da Kissanga Kungo, Makalé caminhava com passos silenciosos, mas determinados.

Trazia nos olhos a sabedoria dos antigos e no peito um fogo aceso pelas histórias contadas à luz do fogo.

O seu bastão, talhado do tronco de um imbondeiro ancestral, era mais do que simples apoio.

Carregava os traços de símbolos esculpidos por mãos que já partiram, mas cujos espíritos ainda sussurravam entre as folhas.


Enquanto descia pela encosta em direção ao rio Keve, Makalé sentiu o chão tremer suavemente.

Não era terremoto, nem animal em fuga.


Era o tambor — o mesmo tambor dos contos do avô Ngola Matondo, ressoando das profundezas do mato.

“Quando os espíritos te chamarem,” dizia o avô,“sentirás o chão pulsar como o coração de uma mãe que sofre e espera.”

Makalé parou.

Fechou os olhos.

E ouviu.


Uma cadência ancestral, feita de couro e madeira, ressoava através do tempo. Não era só som. Era chamado. Era sangue. Era raiz.


E ele, sem hesitar, respondeu.


Naquele momento, uma família de macacos cinzentos saltou entre os galhos, observando-o com curiosidade quase humana. Um deles soltou um grunhido leve, como se saudasse o caminhante solitário. Makalé sorriu, reconhecendo o sinal: a mata estava viva — e atenta.


Avançou com cuidado, os pés descalços sentindo a textura da terra húmida. Cada passo sobre folhas secas e raízes expostas era uma conversa com o passado. Chegou a um pequeno planalto onde o rio Keve serpenteava em brilho dourado. Ali, ajoelhou-se, pousando o bastão ao lado.


Molhou as mãos na água e levou-as ao rosto. Sentiu o frescor ancestral e o cheiro das margens que haviam testemunhado tanto: nascimento, fuga, luta, dança. Ficou ali, em silêncio, esperando mais do que ouvindo. Pois quando a mata quer falar, ela não grita. Sussurra.


De súbito, o tambor cessou. O som foi substituído por um leve sussurro de vento entre as copas e um cheiro adocicado de resina que lhe trouxe lembranças do terreiro da infância. O corpo de Makalé estremeceu. Sentiu-se observado, não por olhos humanos, mas por presenças. Invisíveis. Reais.


Levantou-se. Apertou o bastão. Olhou o céu avermelhado que anunciava um novo ciclo. E com passos firmes, seguiu mata adentro, onde a história lhe aguardava.

 Makalé na mata da Kissanga Kungo com o coração atento e o bastão dos ancestrais na mão.
 Makalé na mata da Kissanga Kungo com o coração atento e o bastão dos ancestrais na mão.

Capítulo II — A Guardiã da Memória

Seguindo o eco do tambor, Makalé afastou folhas grossas de marula, desviou de cipós antigos como serpentes adormecidas e cruzou trilhos onde poucos ousavam pisar.

A mata estava viva — não apenas com sons, mas com presenças.


Ali, cada árvore observava, cada raiz reconhecia os passos do neto de Matondo.

Ao chegar a uma clareira envolta em neblina baixa, o som cessou abruptamente.

Tudo ficou em silêncio — o tipo de silêncio que carrega significado.


E então, como se surgisse do próprio tronco de um mulemba oco, uma voz que parecia vento e memória falou:

"Makalé... filho de João, neto de Matondo... por que vieste?"

A figura surgiu lentamente. Uma mulher idosa, de pele enrugada como casca de marfim antigo, olhos de âmbar e tranças finas como cipó trançado.

Vestia uma capulana tingida com folhas de mukwa e trazia ao pescoço colares feitos de ossos de pássaros e sementes de imbondeiro.


Chamava-se Ma’Nginga, a Guardiã da Memória.

"O tambor chamou-me," disse Makalé, firme. "Sonhei com ele. Senti-o no chão. E ouvi-o no sangue. Quero compreender."

Ma’Nginga pousou o olhar sobre ele como quem lê uma pedra antiga.

"Há muito que esperamos pelo teu retorno. O tambor não é instrumento — é oráculo. A madeira com que foi feito veio do último mulemba que ouviu o idioma dos espíritos antes do silêncio. E hoje, Makalé, esse tambor só ressoa quando a terra corre perigo."

Makalé abaixou a cabeça, respeitoso.

"Então que se revele o que devo fazer."

Ma’Nginga apontou para o chão da clareira.

Lá, envolto em raízes que formavam um círculo sagrado, estava o tambor —

coberto por um pano tingido de vermelho e preto.

Ela não o tocou.

"Só quem for digno pode despertá-lo. Toca-o, Makalé. Se a floresta te reconhecer, ela falará."

Makalé ajoelhou-se.

Respirou fundo.

E com as palmas abertas, tocou o tambor do tempo.

Makalé desperta o tambor do tempo, onde o silêncio da floresta guarda segredos antigos.
Makalé desperta o tambor do tempo, onde o silêncio da floresta guarda segredos antigos.

Entre a mata e o tambor, um homem transforma-se.

Ao atravessar o limiar da clareira, Makalé não era mais apenas o neto de Matondo.

Na presença de Ma'Nginga, sob o olhar das árvores velhas e do tambor selado pelo tempo, algo em seu espírito se desdobrou.


Deixou de ser aquele que escutava histórias.

Passou a ser aquele que as carrega.

Cada palavra da anciã, cada sombra projetada pelas copas, cada batida não ouvida — tudo moldava-o em silêncio.

Ali, com a mão pousada sobre o tambor, Makalé não era ainda o guardião… mas já não era o mesmo homem que descera pela encosta do Keve.


O rosto endurecido pelo propósito,

o olhar que antes buscava, agora reconhecia.

E as mãos…

as mãos que antes tateavam a dúvida, agora firmavam a herança.

Pois antes de tocar o tambor…

o tambor o havia tocado.

Ma’Nginga orienta Makalé diante do tambor sagrado — onde o tempo repousa, e a memória desperta.
Ma’Nginga orienta Makalé diante do tambor sagrado — onde o tempo repousa, e a memória desperta.

Capítulo III — A Sombra e o Juramento

O som do tambor reverberou pela mata como um trovão ancestral.

Mas não era barulho — era palavra.

As aves silenciaram. Os ramos curvaram-se. Até o rio Keve, ao longe, pareceu suster sua corrente.


Makalé mantinha as mãos firmes sobre o couro do tambor.Sentia o calor subir por seus braços. Uma vibração antiga, profunda. Algo que não vinha de fora, mas de dentro.

Como se os ossos se lembrassem do que a mente havia esquecido.

E então, ele viu.


Diante de si, uma névoa ergueu-se do solo e formou imagens:

— Um mulemba queimando,

— Crianças a fugir,

— Homens com armas e máquinas devorando a terra,

— Um símbolo antigo sendo pisoteado…


Ma’Nginga olhava com olhos marejados.

"Estão voltando," sussurrou. "Os que profanaram a terra há três gerações. Eles vêm cavar onde repousam os ossos dos nossos antepassados. Procuram o Ngoma Mbuta… o segredo da força. E se o encontrarem, não haverá mata que sobreviva."

Makalé apertou o bastão.

"Então que me mostres onde estão. Se vieram com ganância, encontrarão resistência. Sou neto de Matondo. E não serei o último."

Ma’Nginga estendeu-lhe uma pequena bolsa feita de pele de cabra.

"Dentro está o pó do embondeiro vermelho. Misturado com as cinzas dos contadores de histórias. Sopra-o ao vento quando precisares de luz onde há engano."

Antes que pudesse agradecer, um grito ecoou entre as árvores.

Um grito humano.

De dor.

De urgência.


Makalé virou-se, instinto desperto. Olhou para Ma’Nginga — mas ela já havia desaparecido na bruma.


Sozinho, mas guiado, correu em direção ao som.

E a mata, viva e cúmplice, abriu-lhe caminho.


Diante das visões do tambor e das palavras de Ma'Nginga, Makalé compreende que proteger a terra é também honrar os mortos.
Diante das visões do tambor e das palavras de Ma'Nginga, Makalé compreende que proteger a terra é também honrar os mortos.

Capítulo IV — O Homem da Pá Traseira

O grito veio da direção do rio, misturado ao som de motores e metal contra pedra.

Makalé desceu pela trilha escarpada, com o bastão firme na mão e os sentidos em alerta. O som da mata havia mudado — os pássaros calaram-se, o vento hesitava. Algo antinatural perturbava o equilíbrio antigo.


Ao chegar a um descampado junto à margem do Keve, Makalé viu o que temia: Uma escavadora amarela, com emblemas estrangeiros riscados de propósito, cavava a terra onde outrora se erguia um terreiro sagrado, conhecido pelos mais velhos como Itanda ya Mwene — o lugar do primeiro juramento.

Ao lado da máquina, vários homens trabalhavam com pás e ferramentas. Mas o que mais chamou a atenção foi aquele que dava ordens.


Alto. De pele clara, cabelos grisalhos cortados à máquina, óculos escuros que ocultavam os olhos mesmo sob o céu nublado. Vestia uma camisa militar leve e calças de camuflado — mas no peito, pendia um medalhão antigo, com símbolos do Reino do Congo.

"Parar!" gritou Makalé, surgindo da mata como se fosse parte dela.

Os homens recuaram, alguns assustados.

O homem de óculos escuros não.

Ele virou-se lentamente, e retirou os óculos.

Seus olhos encontraram os de Makalé, sem surpresa.

E então falou, com sotaque afiado, mas familiar:

"João Elmiro... ou melhor, Makalé, não é? Finalmente nos encontramos." "Conhece-me?" perguntou Makalé, sem abaixar o bastão. "Conheci teu pai. E teu avô. E ao contrário deles, eu não pretendo guardar o segredo. Eu vim reclamar o que deveria ter sido revelado há muito."
"Quem és tu?"

O homem sorriu, mas o sorriso era seco.

"Sou Henrique Ventura, ex-oficial de engenharia do exército colonial... e agora, colecionador de histórias enterradas.
E sob esta terra está a última que me falta."

Makalé apertou os punhos.

"Se estás aqui para profanar os ossos do povo, voltas com as mãos vazias… ou com elas manchadas."

Ventura caminhou até a pá traseira da escavadora.

Colocou a mão sobre o metal, e disse com frieza:

"Se me impedires, enterramos juntos o passado.
Mas se deixares, prometo partilhar contigo o que tua família tentou esconder."

Makalé sentiu o tambor bater no peito.

Não o de couro, mas o da ancestralidade.

E soube então: a luta não era apenas pela terra… era pela verdade.


Na margem do Keve, Makalé confronta Ventura — onde o passado enterrado ameaça acordar.
Na margem do Keve, Makalé confronta Ventura — onde o passado enterrado ameaça acordar.

Capítulo V — O Eco dos Que Nunca Partiram

Makalé recuou dois passos, os olhos ainda fixos em Henrique Ventura, aquele que vestia a arrogância como armadura e cavava a terra como quem abre túmulos de memória.


Mas antes que respondesse, retirou da bolsa o pequeno recipiente de pele — o pó do embondeiro vermelho.

Soprou-o ao vento.

E o que era invisível, revelou-se.

De trás das árvores, surgiram figuras.


Primeiro, uma criança, descalça, segurando uma semente. Depois, um velho cego, com um tambor amarrado ao peito.

Atrás deles, mulheres com panos tingidos, rostos pintados e olhos que carregavam séculos de dor e fé.


E então vieram os outros — jovens, lavradores, curandeiras, pastores, todos com os pés marcados pelo barro do Keve e a alma selada pelo juramento antigo.

Não eram fantasmas.

Eram o povo da Kissanga.

Gente que nunca partira.

Que vivera em silêncio, à espera de um sinal.


Henrique Ventura olhou em volta, surpreso, mas ainda riu:

"O que esperas fazer com batuques e velhos camponeses, Makalé? Eu tenho máquinas. Tenho mapas. Tenho direito."

Makalé avançou um passo.

"Tens tecnologia… mas não tens pertencimento. Tens mapas… mas não tens memória. Tens direito... mas não tens legitimidade."

O velho cego, conhecido como Tchilo wa Nene, tocou o tambor com as palmas secas.


Tum... Tum... Tum.


A terra vibrou.

A escavadora estalou.

O motor morreu.

As árvores inclinaram-se levemente, como em reverência.

E os homens de Ventura, um a um, largaram as ferramentas, como se algo mais antigo que o medo os tocasse.


Ma’Nginga reapareceu da mata, olhando diretamente para o estrangeiro.

"Tens os ossos dos conquistadores… mas nenhum dos seus sabia escutar a terra. Aqui, Ventura, até o silêncio fala. E ele já te respondeu."

Ventura empalideceu.

Não havia mais ruído.

Só o som do tambor.


Tum... Tum... Tum.


Makalé levantou o bastão e cravou-o no solo sagrado.

"Por Ngola Matondo, por minha gente, e por esta terra que me pariu.
Não se cava aqui.
Não se mente aqui.
Não se vende aqui."
Ao soprar o pó do embondeiro vermelho, Makalé convoca os que nunca partiram — o povo da Kissanga Kungo renasce para proteger o sagrado.
Ao soprar o pó do embondeiro vermelho, Makalé convoca os que nunca partiram — o povo da Kissanga Kungo renasce para proteger o sagrado.

Capítulo VI — O Toque Proibido

Henrique Ventura, agora cercado pela presença ancestral do povo da Kissanga Kungo, não recuou. O orgulho — ou a cegueira do poder — não permitia.

"Tolos... acham que podem deter o progresso com batuques e lendas?" murmurou, enquanto os seus homens já se dispersavam, tomados por medo.

E então ele fez o impensável.

Afastou a terra recém-cavada com as próprias mãos, até expor uma caixa de madeira escura, selada com inscrições em Kikongo, que ele claramente não entendia.

"Ngoma Mbuta," disse, como se a pronúncia bastasse. "O tambor do poder perdido. Hoje… será meu."

Makalé gritou:

"NÃO TOQUES!"

Mas Ventura, no seu gesto final de desafio, levantou o tambor selado e… bateu com força.

O som que emergiu não era de couro.

Era o grito de algo contido por gerações.

Um rugido ecoou pelas colinas. As árvores estremeceram.

O céu escureceu num instante — não por nuvens, mas por um véu ancestral,

como se o passado inteiro tivesse retornado para cobrar.


De dentro do tambor, um brilho avermelhado escapou, como lava contida por séculos.

Ventura caiu de joelhos, olhos abertos demais para ver o invisível.

Ma’Nginga tapou os ouvidos. Tchilo wa Nene, o velho cego, caiu para trás.

Makalé manteve-se em pé, mas sentiu a força do espírito que havia sido libertado.


Era o Nzazi, o espírito do trovão e da justiça, selado ali desde os tempos em que o povo jurara nunca mais usar o poder da guerra para oprimir.


A mata gritou.


E o tambor queimou nas mãos de Ventura, deixando-lhe as palmas marcadas por séculos de arrogância acumulada.

"Foste avisado," disse Makalé. "Nem todo o poder é para possuir. Alguns foram feitos apenas para lembrar."

E então o Nzazi falou — não em palavras, mas em vento, trovão e relâmpago.


Henrique Ventura foi levado pelo próprio erro.

Não morto… mas desaparecido.

Como aqueles que atravessam o mundo dos vivos para aprender com os que já foram.


A clareira voltou ao silêncio.

O tambor carbonizado no centro.

O povo, respeitoso, em volta de Makalé.


Ma’Nginga aproximou-se e disse:

"Não foste apenas o herdeiro. Foste o Guardião Escolhido."

Makalé, cansado, olhou o céu que clareava.

"A terra falou. E enquanto houver quem a escute… haverá esperança."
Ao bater no tambor proibido, Ventura desperta o Nzazi — o espírito do trovão — e a mata exige justiça.
Ao bater no tambor proibido, Ventura desperta o Nzazi — o espírito do trovão — e a mata exige justiça.

Epílogo — A Semente e o Bastão

Anos haviam passado desde o dia em que o tambor selado falou pela última vez.

O povo da Kissanga reconstruíra seus terreiros, cantara os nomes dos que vieram antes, e ensinava as crianças a ouvir o que não se escreve nos livros.


Makalé, agora mais velho, sentava-se junto a um jovem rapaz à sombra de um embondeiro novo — plantado no lugar onde Ventura desaparecera.

O tambor queimado repousava em um altar de pedra, intocado, respeitado.

"Vê esta semente?" disse Makalé, entregando-a ao rapaz. "Foi colhida da mesma árvore que deu meu bastão. Planta-a com respeito, e ela te dará sombra, mesmo quando fores velho."

O rapaz olhava com olhos de admiração e pergunta.

"E o tambor? Ele ainda fala?"

Makalé sorriu.

"Fala. Mas não com som. Fala com silêncio. Com gesto. Com o modo como tratamos a terra. Com o que escolhemos lembrar."

Ao longe, o Keve seguia seu curso. Pacífico. Inquebrantável.

Como a memória.

Makalé firmou o bastão no chão ao lado do embondeiro.

"Tudo o que fizemos, foi para que tu também possas caminhar com os pés descalços... e a cabeça erguida."

E assim, como começara, a saga de Makalé encontrava repouso.

Mas a floresta... essa, nunca dorme.


À sombra do embondeiro novo, Makalé passa ao jovem a semente da memória — para que o ciclo nunca se quebre.
À sombra do embondeiro novo, Makalé passa ao jovem a semente da memória — para que o ciclo nunca se quebre.



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