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De um Baile Disco na Irmandade do Espírito Santo (IES) ao Altar da Igreja de Cinco Chagas: A Nossa Jornada de Amor

há 3 dias

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Hoje, ao celebrarmos 45 anos de casamento, recordo com emoção o início da nossa história: um típico baile da era Disco na Irmandade do Espírito Santo (IES) Portuguese Hall de San José, mesmo ao lado da Igreja de Cinco Chagas — onde, pouco depois, selaríamos o nosso amor. Foi num ambiente iluminado por luzes estroboscópicas e abrilhantado por uma banda portuguesa que encontrei a Judy e percebi que a vida nos reservava algo especial.


1. O Encontro na Irmandade do Espírito Santo (IES)

Era uma noite de inverno de 1979, precisamente a 21 de janeiro, quando, guiado pela curiosidade, entrei no salão da Irmandade do Espírito Santo de San José. Tinha acabado de dançar com a irmã de Judy, Geri, que me pediu para a seguir até junto da irmã, que estava sentada. Foi nesse momento que fui apresentado a Judy. Conversámos por alguns minutos — partilhámos sorrisos tímidos e histórias breves — e, num impulso, pedi-lhe para dançar. Rodando ao ritmo Disco sob o brilho do globo espelhado, percebi que estaríamos inseparáveis de então em diante.

Uma semana depois, fomos ambos convidados para a festa de aniversário de um amigo em comum. Naquele festa, Geri e a prima de Judy, Jeannette, acompanharam-nos como chaperones. Foi entre risos e conversas animadas que reuni coragem para perguntar a Judy se aceitava ser a minha namorada — e ela aceitou, marcando o início oficial do nosso namoro.


2. Os Primeiros Meses de Conhecimento

Daquele baile nasceram conversas que uniram as nossas raízes culturais e o gosto pela música e dança. Compartilhámos histórias — eu com memórias da minha infância em Angola, ela com lembranças das festas familiares em San Jose e Hollister, California — enquanto explorávamos San José: cafés, cinemas e pequenas discotecas locais. Foi assim que cimentámos uma cumplicidade que resistiria ao tempo.


3. Construindo um Sonho em Conjunto Construindo um Sonho em Conjunto

Nos meses que se seguiram, apoiámo-nos nas mudanças de emprego e nas rotinas diárias, descobrindo a força de crescer em parceria. Planeámos pequenas escapadas: Monterey e Half Moon Bay tornaram-se os nossos refúgios de fim‑de‑semana. Mais do que passeios, foram momentos de confirmação de que estávamos a construir, juntos, um sonho de vida.


4. O Grande Dia na Igreja de Cinco Chagas

A 26 de abril de 1980, atravessámos o adro da Igreja de Cinco Chagas — o mesmo ponto de referência do nosso primeiro encontro — para unir as nossas vidas. A solene arquitetura e o calor da comunidade lusitana tornaram o momento ainda mais inesquecível. Ao pronunciar os votos, senti não apenas o amor por Judy, mas também a presença de todos os que, ao longo das gerações, ali celebraram fé e união.


5. Reflexões e Gratidão

Quarenta e cinco anos depois, relembro cada passo — desde os giros na pista da Irmandade do Espírito Santo até aos corredores da igreja — e percebo que o amor que nasceu num simples baile Disco floresceu numa vida repleta de realizações: filhos, neto, carreiras e memórias partilhadas. A Judy continua a ser a minha parceira de dança na vida, e é com ela que celebro este marco, grato por cada compasso dado lado a lado.



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