Explorando a Rica Cultura de Angola e Portugal

Ecos da Liberdade: Uma Jornada Através do Tempo e do Coração
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A Inspiração de Uma Imagem Icônica
Ao me colocar diante da icônica imagem de "A Liberdade Guiando o Povo", meus pensamentos deslizam de volta pelos anos, misturando-se com os matizes das revoluções passadas e as vívidas pinceladas da tela da minha própria vida. A pintura, uma obra-prima de Eugène Delacroix, captura a beleza feroz e o poder bruto da liberdade — uma mulher robusta e resoluta, liderando uma carga sob a bandeira da liberdade. Esta imagem, embora enraizada na Revolução de Julho de 1830, fala comigo sobre cada luta pela liberdade, incluindo a minha própria, desde as paisagens devastadas pela guerra de Angola até as esperançosas margens da América.
O Clamor pela Liberdade em Angola
Na minha juventude, testemunhei a agitação das nações, o clamor pela independência que ecoava pelas ruas de Luanda à medida que se aproximava do limiar da liberdade em 1975. Como as figuras que cercam a Liberdade de Delacroix, meu povo, jovem e velho, rico e pobre, lutou com uma ferocidade impulsionada pelo desejo de autodeterminação, o anseio de forjar nosso próprio destino.
A Liberdade como Ideal Pessoal
Álvaro de Campos, uma das criações de Fernando Pessoa, escreveu uma vez sobre a liberdade como algo profundo e pessoal, estendendo-se além da esfera política — era sobre a liberdade de existir de forma genuína, sem pretensões ou pressões. Suas palavras ressoam comigo enquanto reflito sobre minha jornada através de continentes em busca de uma vida desimpedida pelo medo e limitações. "Ah, tenho uma sede sã. Dêem-me a liberdade", ele suplicou. Eu também tenho sede dessa liberdade, não apenas da tirania dos ditadores, mas das limitações de expectativas e da inércia histórica.
Gratidão Pela Liberdade Conquistada
Agora, residindo em uma terra que promete liberdade e justiça para todos, sou grato àqueles que continuam a defender esses ideais. Todos os dias, sou grato aos homens e mulheres fardados e aos cidadãos comuns que guardam nossas liberdades. A vigilância deles garante que a bandeira da liberdade não vacile, que sua luz continue a brilhar intensamente, guiando-nos assim como a figura alegórica na pintura de Delacroix.
Liberdade e Engenharia: Uma Analogia
Como engenheiro eletrônico, aprendi que sistemas, assim como sociedades, funcionam melhor quando há coerência e um propósito compartilhado. Nas intrincadas fiações de circuitos e nos complexos diálogos da democracia, vejo paralelos — ambos requerem dedicação, compreensão e, mais crucialmente, um compromisso em sustentar o fluxo de energia, seja ele elétrico ou humano.
A Preciosidade da Liberdade
A liberdade é, de fato, a coisa mais preciosa que temos na Terra. É a base sobre a qual construímos nossos sonhos, o sopro que preenche nossos pulmões com esperança. Não é apenas um conceito capturado em tintas a óleo ou versos poéticos, mas uma realidade viva e respiratória que devemos continuamente lutar para aprimorar e proteger.
A Responsabilidade da Liberdade
Ao olhar mais uma vez para os rostos determinados na pintura, sou lembrado da responsabilidade que acompanha nossas liberdades — a responsabilidade de lembrar, participar e perpetuar o legado da liberdade para as futuras gerações. No grande tapete da existência humana, cada fio de liberdade está entrelaçado, colorido por batalhas lutadas e vencidas, sombreado por aquelas ainda sendo travadas.
Nesta luz, escrevo minha própria narrativa, um testemunho do espírito duradouro da liberdade, esperando que possa inspirar outros tanto quanto me inspirou.
Ecos da Liberdade
Aqui se encena, em verso forte e arcano,
De um filho das terras de Angola, a jornada,
Que entre guerras e paz, firmou seu plano,
Buscando liberdade, tão prezada.
Por mares nunca dantes navegados,
Partiu do seu país em desalento,
Entre lágrimas e sonhos abandonados,
Nos braços de um novo continente, o acalento.
A terra prometida, os Estados Unidos,
Acolheu o bravo engenheiro em seu regaço,
Em silício e circuitos, segredos desmedidos,
A tecer com maestria seu espaço.
Mas não esquece, oh musa, desse dia,
Quando à liberdade ergueu-se, valente;
Seu coração ainda pela mãe pátria ardia,
E por todos que lá ficaram, na frente.
Conclusão: A Missão de Celebrar a Liberdade
Agora, em terras onde o sol se põe, escrevo versos, sonetos, uma missão: honrar aqueles que as liberdades semeiam e dispõem, com a força da pena e a chama da paixão. Assim, neste palco de estrelas e listras, celebro a liberdade que em nós reside. Como Camões outrora, com suas escritas, teço a teia da história que nos guia e divide.
FIM
