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Fortaleza Silenciosa

7 de dez de 2024

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Na imensidão do espírito humano, encontra-se a força que, no silêncio, ergue muralhas contra as tempestades da alma. Em homenagem à virtude que resiste ao veneno alheio, o poema que segue ecoa nos moldes heroicos e apaixonados de Camões, enaltecendo a serenidade como escudo e fortaleza.


Fortaleza Silenciosa

Por João Elmiro da Rocha Chaves (em estilo lusíada)


Em vasta teia onde o fado é fiado,

Tecido o curso à força do destino,

Desperta o ser que, nobre e peregrino,

No mudo alento o peito faz honrado.

À voz feroz, de ódio trespassado,

Opõe virtude, em canto tão divino,

Que aos olhos vãos, por mal torpe e indigno,

Revela o brilho, ao tempo confiado.


Assim triunfa a alma em serena arte,

Pois sabe que a calúnia não é dor,

Mas cinza ao vento, morta à sua parte.


E firme, ergue-se em glória superior,

Que ao escombro dá força, à queda, alarde,

Vencendo o falso com o seu valor.



7 de dez de 2024

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