Explorando a Rica Cultura de Angola e Portugal

Na imensidão do espírito humano, encontra-se a força que, no silêncio, ergue muralhas contra as tempestades da alma. Em homenagem à virtude que resiste ao veneno alheio, o poema que segue ecoa nos moldes heroicos e apaixonados de Camões, enaltecendo a serenidade como escudo e fortaleza.
Fortaleza Silenciosa
Por João Elmiro da Rocha Chaves (em estilo lusíada)
Em vasta teia onde o fado é fiado,
Tecido o curso à força do destino,
Desperta o ser que, nobre e peregrino,
No mudo alento o peito faz honrado.
À voz feroz, de ódio trespassado,
Opõe virtude, em canto tão divino,
Que aos olhos vãos, por mal torpe e indigno,
Revela o brilho, ao tempo confiado.
Assim triunfa a alma em serena arte,
Pois sabe que a calúnia não é dor,
Mas cinza ao vento, morta à sua parte.
E firme, ergue-se em glória superior,
Que ao escombro dá força, à queda, alarde,
Vencendo o falso com o seu valor.
